Embora sendo um romance não
o é ao estilo “lamechas”, não é um romance previsível onde a princesa fica
sempre com o príncipe encantado. É uma história de vida, real perfeitamente
adaptável ao nosso mundo humano.
Este livro narra a história de uma família
de judeus a viver na China há algumas gerações. Erza, um comerciante próspero,
descendente de judeus por parte do pai é casado com Naomi, uma judia orgulhosa
de o ser e que sonha um dia regressar à Palestina de onde o seu povo foi
expulso!
Naomi e Erza depositam toda a sua
esperança no único filho que têm, David, e decidem casá-lo com a filho do
rabino. Para David não existe outra alternativa a não ser ceder à vontade dos
pais, abraçar a religião do seu povo e de a manter viva deixando para trás a
filha de um importante comerciante chinês por quem se apaixonou.
No meio disto tudo, existe Peony, a
rapariga que foi comprada em criança como serva para a casa desta família com
um papel estranho a desempenhar pois, é mais do que uma criada, mas menos do
que uma filha. Uma criança que foi crescendo e se torna numa mulher encantadora
que se apaixona por David sabendo, no entanto que, nunca poderá vir a ser sua
esposa pois os pais deste não o permitiriam.
Peony é uma mulher inteligente, culta e
sábia que para poder ficar junto de David anula-se como mulher e como pessoa
existindo apenas para servir o homem que ama. Desta forma, o autor dá a
conhecer um pouco sobre a posição das mulheres chinesas na sociedade daquela
época, submissas e pouco instruídas, mas essenciais no papel que
desempenhavam.
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